
Randa Hammami
Arquitetos da matéria, a excelência em cada nuance
Encontro com Randa Hammami
Como descobriste a tua paixão pelos perfumes? Em que momento soubeste que querias fazer disso a tua profissão?
Desde muito jovem, sempre fui sensível aos perfumes que me rodeavam.
Foi durante um trabalho em cosmética na Dragoco que descobri a profissão de perfumista-criador.
O que mais te entusiasma na criação? Quais são as tuas fontes de inspiração e matérias-primas favoritas?
O que me move são as emoções que surgem quando descubro um acorde original e agradável, a criatividade, simplesmente.
Quando uma nova ideia de acorde me vem à mente, ela torna-se uma verdadeira fonte de inspiração que depois traduzo em papel e, em seguida, em fórmula.
As minhas matérias-primas favoritas são a rosa, o jasmim, os citrinos frutados e as notas verdes.
Também gosto da baunilha, heliotropina, fava tonka e almíscares.
Como sabes que um perfume está pronto?
Quando as emoções que ele provoca desde o primeiro “pschitt” continuam a surpreender-me no dia seguinte, com o seu rasto e as notas de fundo.
O que te atraiu na abordagem da marca?
O que me atraiu na abordagem da marca foi a sensibilidade olfativa que partilho com Sylvaine Delacourte. Estamos sempre em sintonia.
Que desafio particular enfrentaste ao trabalhar em Vahina?
Trabalhar a flor de laranjeira como um néctar, com os seus aromas envolventes e inebriantes, tal como se sentem na natureza.
Que emoção gostarias que as pessoas sentissem ao descobrir Vahina?
Gostaria que as pessoas tivessem a sensação de passar por baixo de uma laranjeira em plena floração.
Tens alguma memória olfativa marcante da tua infância?
Vários perfumes Guerlain que a minha mãe usava.
O cheiro do jasmim, da rosa e da madressilva no verão, nas ruas de Damas.
Por fim, quais são as tuas paixões além do perfume?
A música em todas as suas formas, clássica, jazz ou pop.
As viagens na natureza e a descoberta de civilizações.
A criação









